No horizonte
se desenham os teus poemas
Em odes à
terra sulcada
Na aragem da
memória viajam
Sonhos que
repartes
Com o mundo
Na melancolia
da noite
Esqueço-me
que o teu grito
é o meu
grito
e o brilho dos
teus olhos fica gravado
no meu peito em sortilégios divinos
quando me
acordas...
E me lês um
poema de súplica
Como correntes
caudalosas deste rio secreto
Que geme
baixinho nos meus lábios
E me
acaricias na invernosa noite
E eu acordo e
ouço-te e ouço-me
E o teu
poema é já o meu poema
que ficou preso
na minha carne
Foi corrente
que se quebrou
Foi suspiro
que deitei aos céus
Foi o canto
de Afrodite.
Nesta noite