Atravessa-me os sentidos
Uma força
misteriosa
Vista de
trás das vidraças,
Na alma das
ruelas
Evolam
ácidos bordados
Na tua pele
A violência
devora-me a tragos largos
E nos silêncios adivinha-se
O poder do
subconsciente
Raio
desmedido
Rasgo
dilacerante
Ruptura de gineceu
A pitonisa
não se engana
O velo de
ouro será entregue
Erguem-se ameias entre o meu desejo
e o corpo.
acordo estarrecida de um sonho
que me estremece e arrebata.
A tua pele toca-me os sentidos,
vejo-te, sinto-te cúmplice nesse olhar
doce e salgado que me cobre no leito sonhado
Ah, doce ilusão deste outono amarelado, onde jazem
lençóis desfeitos na minha memória ardente.
Quem vem interpretar o sonho que te não revelo...