Olhos no silêncio:
Repara,
Nos meus lábios já
não há preces
Em noites de solidão
Em noites de lua
cheia
Em noites de um mar
de prata
Não sei voar nesse
mar sagrado
A cálida noite refresca-me a dor
Quero na noite
depositar as minhas mãos
Quero entornar este
lamento
Nascido de batalhas
em campo de espera
Que me arrebatem os
sentidos
E me impedem de
caminhar
Ah, Que a cada nascer
do Sol
Eu principie nova
jornada
Olhar-te-ei em
silêncio
Dançarei no teu
silêncio
Escuta:
Vem beijar a ascensão
do dia
Que a madrugada
deixou aqui
É a valsa do meio dia
No seu esplendor.