terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Escutando de novo Gustav Holst
O vento na janela
Acordo
Vislumbro a tua força
Danço com as tuas palavras
Há mínimas, semínimas,
fusas e semifusas, colcheias
no ar fresco da madrugada
Esta subida, do vale à montanha
Pelo carro de Hermes
Permite-nos um outro olhar sobre o mundo
Vagueio, acalmo, mentalizo
Solto-me mas esvoaço e
desço da montanha ao vale
Onde os violinos me acordam.
Traçam-se ondas sonoras
Tocam-me a alma
Não páras e eu não páro
Esvoaço nas tuas curvas
Recomeças
E eu escuto a tua leveza
Quero a tua vibração
E acalmo com o teu sustenido
Tudo está em ordem
Júpiter elevou-se aos céus
Sobes o tom e eu acompanho
Descalça, esvoaçando
por entre corredores da velha casa
sou a bailarina que nunca se revelou
Sou o que quiseres..
Enquanto existes:
Sou eu apenas a tentar
escutar os vendavais
desta oração
que me guia os passos
neste Silêncio
Quero ouvir a tua voz
Escolher o timbre
A poção mágica
destes minutos eternos
Que me conduzem
ao fundo da terra
Visto-me de organdi
sou levada pela deusa.
ISIS no solstício da calma