Para ti que choras na estrada
O canto mavioso e fresco
Roubou-me a razão,
Não há vazio, só
emoção
Na mesa das amoras derramadas
No estendal da vida.
Porque caminhas, errante ser,
Entre o nada e a saudade.
Que sabes tu das dores
Quando os pés gretados
Correm atrás do cervo do monte.
O que vale um desdém,
Na curva do tempo,
se caminhas de venda nos olhos .
Escuta, há cânticos na noite:
A madrugada acolhe os soluços
A noite adormeceu.
Silves, 29 de Junho de 2014 - 23.23h