Pelos céus se passeiam
Egle, Erítia e Hespéra
Ó luz vermelha do entardecer
Ó esplendorosa rainha da tarde
Ó dama do crepúsculo vespertino
Sois senhoras, sois divinas
Presidis à passagem do tempo
Maestrinas das horas,
Companheiras neste palco
Que ilumina a vida
Sois o canto mavioso das nascentes
Eis que sussurrantes exalais ambrósia
Ó ninfas do poente
que habitais o extremo ocidente
Profetisas sois desta gente
Vossos jardins encantam o Atlas
Sois o pomo de ouro
Não importa quem sois,
filhas de Zeus ou da noite mais escura.
Domadoras sois de feras selvagens
Ó guardiãs da natureza,
Desde o profundo mundo ao excelso paraíso
Sois ainda as benfeitoras
desta terra, jardim de imortais
capela de deidades,
abrigo de frescas árvores frondosas
senhoras de Gaia que assistis ao pomo da discórdia
junto à fonte da eterna juventude
Guardadas estais pelo dragão das sete cabeças
Nessa gruta onde Perseu ousou entrar;
E o rei vizinho tomou de assalto.
Ao mundo fostes restituídas,
Esses trabalhos hercúleos
valeu-nos o ensino dos astros.