sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Na senda de Pessoa

Paro à beira de mim e me debruço...
Abismo... E nesse abismo o Universo

Tu que preencheste a vida de universos possíveis,
Que desprendeste a alma e a esquartinhaste
Diz-me - o que encontráste? -
Bebeste a vida a tragos de amargor
Criáste as vidas que mercúrio  te roubara
E no seu espaço astral o craváste
- a ferro e fogo - desmedidamente.

Oh mistério! Oh segredos que contigo partiram!
Quantos Deuses encontráste no céu?
Confessa...Aqui é a treva, aí a Luz
que procuráste em vão.
Tu sabias, quando dizias
"sou Deus inconscienciando-me para Humano;
sou mais real que o mundo".
Eras o Cristo negro, supremo
que estranhavas a excessiva razão
que havia no teu coração.
Agora, sim, desvendáste
o Universo!
Sigo-te os passos, aqui.

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