A princípio,
vagamente deixo-me transportar pelas tuas palavras.
Depois, o teu
sorriso, a tua gargalhada
A pele dessas
palavras penetram-me
Ferozmente.
Já não sou eu…
Que me importa que a
palavra tenha gumes ou ácidos
Se com ela me
entendo,
penso e medito Sem tempo
Não inventes
relógios, colhe o momento bendito.
Solta os silêncios,
quebra as amarras do teu pensamento
Sê, apenas,
Festa sem senhora da
agonia
No lilás dos teus
hinos
Ouvem-se bailias e
barcarolas
Com elas viajo.
São cânticos de amor
no vértice do teu tempo irreal e fragmentado.
Lua nova de Agosto
Que te leva para
rotas de quentes desejos,
grava-te nos lábios
sorrisos de incenso que arderam até ao fim…
Lua nova de Agosto
deixa-me sonhar até ao fim…
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