segunda-feira, 11 de março de 2013


Tu aí à beira do mar...
Deste-me que pensar.
adormeci nos teus versos 
e acordei nas minhas palavras:
Quantas noites
te busquei no horizonte
quantas madrugadas desfolhei o pensamento
entre as pontes do meu silêncio  e a praia serena
lá, onde as ondas me devolvem o teu sorriso 
há um rumor baixinho 
que rasga a minha sede de horas insensatas, 
de palavras ancoradas nas marés do teu viver.

Os relógios devolvem-me a realidade 
e um  encolher de ombros surge na orvalhada seiva
 que me alimenta os sentidos, com as tuas palavras.

Fiquei ancorada neste porto seguro, baixei os braços à vida
Se a vivi pela metade, 
o fatum culparei.

A maré cheia não se fez para quem escolhe a planura.

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