terça-feira, 1 de julho de 2014

Raridades me dás a beber
No silêncio da noite
E tacteio por entre folhas imóveis
Que não volto a ler.

Antes murchassem as rosas no meu peito
E partiria, vagueando, na alvorada.
Se uma taça de vinho me saciasse,
Mergulharia na  ânfora licorosa

Vem solstício de verão
Aquece a dor
Suaviza o coração
Dá-me mimos, habita-me.

Tu, crueldade, que me destróis
A pele, rasgas-me a voz
Quando o peito me pede um doce canto
Que faço  à tortura?
Despeço-me das horas tristes

Não me deixarei vencer
pela soberba torre.
E tu, que me ofereceste a taça,
onde estás?

Isis,  depois de ler  Omar Kayam

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