Raridades me dás a beber
No silêncio da noite
E tacteio por entre folhas imóveis
Que não volto a ler.
Antes murchassem as rosas no meu peito
E partiria, vagueando, na alvorada.
Se uma taça de vinho me saciasse,
Mergulharia na ânfora licorosa
Vem solstício de verão
Aquece a dor
Suaviza o coração
Dá-me mimos, habita-me.
Tu, crueldade, que me destróis
A pele, rasgas-me a voz
Quando o peito me pede um doce canto
Que faço
à tortura?
Despeço-me das horas tristes
Não me deixarei vencer
pela soberba torre.
E tu, que me ofereceste a taça,
onde estás?Isis, depois de ler Omar Kayam
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