segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Resposta a Sahra

Estamos na ausência do amor
E sabem-me a nenúfares as tuas palavras.

Quebra os silêncios, escuta o grito do cisne -  a sua amada morreu!-

Não há dor na saudade
Mas a consciência de ti fora de mim.

Quisera um cavalo alado que me transportasse para os teus braços.
Quisera a vontade de te chamar.
Quisera ser quem não sou.

Seguir os teus passos, tatuar-te na minha alma, dizer-te que estou aqui,
 Eis o que exalto nas noites longas da tua ausência que perto choro.

São dias e dias, são noites e noites, és tu e sou eu, 
somos nós e o mar imenso que vai de mim para ti.
E eu não tenho barco e as ondas são altas 
e falta-me a força para te abraçar de novo.

No poema, sílaba a silaba, desfaço as tuas recusas, 
acerto o relógio – a corda partiu-se- 
o tempo pára porque eu lhe peço.

Releio as tuas palavras. Sou uma contorcionista do fogo.
Invento as madrugadas em rodopios de saudade.
Fazes-me falta e não me ouves…

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