Indiferença
Como te desejo
na carne
prenhe de outras índias,
onde a tua pele é almíscar e canela
em carícias que
imagino e nunca senti.
Mas o teu silêncio transporta
um mundo a ruir,
onde calas os gritos que escorrem
quando em permuta te sinto a
ausência dilacerante.
As tuas mãos ausentes desenham as curvas
que nestas palavras deixo amargas e doces .
O sol já vai alto, partiste e sou livre.
Recrio a tua
imagem desvanecendo-se
para além
da curva da estrada.Não sei das cores...
Resta-me
re-inventar-te.
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