Correm por estas veias
O som daquelas carícias
Que na alma respiro
Nesse momento que me dás
E morro quantas vezes me pedires.
Desapareçam os calendários,
romanos ou maias.
Há um só calendário no coração,
Basta-me o teu olhar e o céu diz-me
que horas são :
horas de te amar;
alma, carne, tato,
E perfumo-te com a música do rouxinol
que canta na beira do valado.
E digo-te sonetos de amor,
até adormeceres
E fico quieta
adormecida no sonho,
enquanto escuto
a chuva miudinha
a chuva miudinha
que me atravessa o pensamento
e rasga o peito
E olho-te…
aconchegado em sono profundo.
Deslizam palavras soltas
que pinto com um absurdo lamento
e pinto-as na tela branca do sono que não tenho.
São as vogais, especiarias,
melodias as consoantes,
impregnadas do teu calor
que já foi cânfora, jasmim e amor.
Hoje, há tinta e tela nas palavras soltas
a fazer crescer
a absurda realidade
a fazer crescer
a absurda realidade
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