segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Há verbos e quietudes...

Caminho por entre os teus poemas
E o meu vazio atravessa as paisagens
Que tu inventas, do outro lado do mundo.

Ai quantas vezes regresso ao teu primeiro poema,
faminta de me entender com as palavras que não digo,
mas escuto de ti


E a cada palavra tua a minha alma respira
No frio desta madrugada em que percorro
A tua melodia num Alegro de Mozart.

E no balanço dos acordes o meu pensamento volátil percorre,
lentamente,
através das vidraças baças, descobrindo  geografias  inauditas.
E vou…
E deixo-me levar pelas tuas palavras,
na cumplicidade dos teus segredos,

 Fervem-me as palavras
derrubam pedras,
chegam-me à pele
na tua métrica aguda,

Poesia à flor da pele
Que destilo nestas palavras.

Dolorosas vão,
vagueando no cosmos
Chegarão ou não.

Se o que importa é partir
Que elas encham o meu peito
engrossem as minhas veias
Sejam as algas e os corais do teu poema
Quando me dizes:
em minhas mãos há verbos e quietudes”

A viajem terminou
E eu acalmo a natureza em mim…

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