Sim,
os gestos inventados pertencem aos deuses
que
me acompanham na diáspora
desta frágil vida.
Tudo
passa
e eu gostava de te poder dizer
que os lugares de exílio
não são as ruínas desta pátria, não,
No exílio,
há moinhos a girar
e as águas seguem o curso
e serão gérmen
onde se desenham as
manhãs claras do teu acordar,
Vês,
a neve roçou na minha pele
e eu afaguei o teu sorriso
e a tua alegre chilreada
prazenteira.
Foste
música perfeita
numa concha prateada em solfejos delicados
São hinos à madrugada,
Neste instante
onde os céus me respondem
que as terras se vestem para eu recitar o teu madrigal.
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