O
verbo primordial
És tu que o guardas
como Prometeu o fogo
A palavra é silex
veloz, sangue novo
Roubado aos Deuses
e trazido à terra.
Derrama, sim, o
magma de ninguém
Que a todos
pertence.
É na prosa ígnea que
a roda dentada
Equaciona a tua
passagem pela terra,
Aqui aprendeste a
nascer a cada golpe
Mapeado pela
hermenêutica celestial.
Eis-nos, aqui, ao
sabor de zéfiro,
Ele que nos devolve
à estrela-mãe
Que nos acorrenta às
tertúlias vazias
E nos afasta da
verdadeira geometria
Quando o azimute
está nas nossas mãos...
Em diálogo com "O verbo de ninguém" de Jorge Ferro Rosa
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