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É uma história que nos vem do Extremo Oriente e que o instrutor rosacruciano Edmundo Teixeira — que tanto me apraz citar! — contava aos meditantes que o liam. Inspira-se num episódio muito simples ocorrido com o grande poeta japonês Matsuo Bashô (1644-1694) que se celebrizou na composição do haiku, forma breve de poesia de três versos e dezassete sílabas. Um dos discípulos de Bashô compôs o seguinte haiku :
Uma libélula rubra.
Tirai-lhe as asas:
uma malagueta.
O mestre Bashô deu-lhe uma lição de sabedoria positiva invertendo a ordem dos versos:
Uma malagueta.
Colocai-lhe asas:
uma libélula rubra.
Edmundo Teixeira comentava: uma libélula perder as asas e reduzir-se a uma malagueta é uma ideia negativa e pessimista, é o retrocesso do reino superior ao inferior. Mas uma malagueta, ou uma lagarta vermelha, transformar-se em libélula é uma libertação, um desabrochar e uma ascensão ao céu infinito, que é a meta de toda a obra divina. Também na vida encontramos pessoas com os dois tipos de disposição: os que acham que tudo lhes corre para trás e os que não recuam perante o esforço de subir, nem que seja começando por um pequenino degrau. E rematava: O que preferem? Descer ou subir? A vossa escolha decidirá do fracasso ou do êxito das vossas vidas…
Um autor místico que escolhera o anonimato escreveu um dia:
«Não importa qual seja a minha prece: Deus não só lhe responde, como é a própria resposta».
(...)
DEUS NUNCA NOS ABANDONA.
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